A mutilação genital feminina (MGF) é uma prática que deixa marcas na mulher para toda a vida. Esta consiste na amputação do clitóris para que desta forma a mulher não consiga sentir prazer sexual. No momento desta prática a mulher sente uma dor intensa e pode mesmo ter hemorragias, febres. No entanto, podem provir consequências a longo prazo devastadoras.
A infertilidade pode ser, de facto, uma consequência a longo prazo. Esta é causada por infecções que levam assim a esta doença. Quando esta prática ocorre, normalmente quem a pratica não tem cuidados necessários, isto é, utilizam um objecto de ponta fina, como por exemplo uma faca, que é usada de uma mutilação para a outra sem os mínimos cuidados de higiene. Por isso, ao longo dos anos a mulher pode sofrer de infecções pélvicas, algumas vezes fortes o suficiente para bloquear as trompas de Falópio e desta forma causar a infertilidade.
As principais causas da infertilidade podem advir de alterações hormonais, em que a mulher pode ter períodos sem menstruação (amenorreia). Na presença de ciclos menstruais regulares, a mulher pode não ovular ou ovular ovócitos imaturos. Diversos distúrbios hormonais contribuem para a disfunção ovulatória, como o excesso de prolactina ou das hormonas tiroideias (doenças da tiróide). Nos casos mais graves pode ocorrer insuficiência ovárica prematura, situação em que o ovário deixa de produzir folículos.