A Mutilação Genital Feminina é uma tradição sociocultural que provoca inúmeros danos psicológicos e físicos. A crença de que os órgãos sexuais exteriores da mulher são impuros e que o clítoris pode provocar a morte do bebé durante o parto, leva 140 milhões de mulheres a serem submetidas a esta prática hedionda.
Este costume enraizado nos países africanos e agora praticado dentro de comunidades emigrantes nos países europeus, é realizado pelas mulheres mais velhas da “aldeia”, que utilizam como instrumento cortante, uma simples lâmina, ou um estilhaço de vidro reutilizado de tantas outras excisões, providenciando assim a proliferação de doenças sexualmente transmissíveis.
Vários tipos de circuncisão são efectuados em pré-adolescentes ou mesmo em pequenas crianças, sem quaisquer razões médicas. Os três tipos de mutilação genital feminina são:
• Tipo I - Clitoridectomia ou sunna que consiste na remoção total ou parcial do clítoris e/ou da região que o envolve;
Tipo II – Excisão que consiste na remoção parcial ou total do clítoris e dos pequenos lábios, com ou sem a excisão dos grandes lábios;
• Tipo III - Circuncisão faraónica ou infibulação que consiste no estreitamento do canal vaginal através do corte e junção dos pequenos e/ou grandes lábios com pontos ou espinhos, com ou sem a excisão do clítoris. As pernas ficam atadas de 2 a 6 semanas deixando apenas um orifício para permitir a passagem de urina e menstruação.
A- Clítoris
B- Abertura da uretra
C– Vagina
D- Lábio menor
E- Lábio maior
1- Remoção única do prepúcio, ou remoção total do prepúcio e parcial do clítoris
2- Remoção parcial ou total do clitoris e dos lábios menores
3- Remoção parcial ou total dos lábios menores e clítoris e costura dos lábios maiores. É deixada uma pequena abertura para a libertação de urina e corrimento menstrual
Porém, existem outras formas de mutilação genital em que os órgãos sexuais femininos são circuncidados de alguma forma, ou é introduzido algum ácido ou erva na vagina com o propósito de causar sangramento.